quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Um canto no canto do (des)encanto

Olhos negros amendoados buscam o encanto
Que no passado vive acolhido no desencanto
No Ouro Negro brota um novo canto
Gigante no infinito dos becos, de um canto

Navega impreciso, na precisão de um canto
Para soltar a sereia e seu canto
Que traz seu corpo, alma e encanto
E deixa pelo caminho o desencanto

Certo de que a vida é feita de encanto
Com novos códigos escreve um novo canto
Agora alegre e livre do desencanto
Pois vivia frio, em um pobre canto

Modi quixotesco não cede, desafia o desencanto
E do alto dos moinhos entoa um novo canto
Nasce Kiki com seu can can-to em cada canto
Para agora viverem nos braços desse único encanto

O imaculado e solitário  meu será agora “meus” canto
Onde não há jazigo para o desencanto
A vida e na luz de dois (ou três) novos, se faz encanto
Amalgama e rima do nosso amado e acotidiano canto.

Um comentário:

  1. Uma coisa é certa:
    Enquanto cantamos encantamos
    E se buscam todos nos encantoar
    Não nos rendemos ao desencanto
    Nosso canto não ecoa no canto
    Desarmônico do abatido calar.

    Te amo, te amo...

    PS. Da sereia que cantarolava pelas ladeiras das minas gerais ao pé do ouvido daquele que não vai por ali.

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